Sunday, June 10, 2012

DRIVE-IN

Ih, era o amor
Que batia forte como um pugilista
Ih, era o amor
Que segurava as pontas quando não existia mais luz
Ih, era o amor
Que guturalmente feria todos os bons modos
Ih, era o amor
Que transformava as belas canções em contos de Zé do Caixão
Ih, era o amor
Que assoprava palavras diabólicas, e acariciava o longo adeus
Ih, era o amor
Que mentia sem parar em busca de alguma satisfação
Ih, era o amor
Que soava como um violino em meio a uma tempestade
Ih, era o amor
Ih, era o amor
Que entrava em um drive-in e saía mais vivo de lá.

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