Outro dia andei de caiaque no lago das Vertentes. Estou treinando para as Olimpíadas de 2016.
Aqui em Serra Negra, o que impera são os apelidos.
O prefeito leva o nome de Bimbo.
O vice é o Tó.
O encanador é o Besouro.
O taxista é o Coruja.
Outro dia o telefone tocou:" Oi, por favor, o jacaré está?".
O Pierre me passou, um dia vou fazer
artigos para presente
December 19, 2007
é muito grave fazer planos
pra amanhã
quando nem sei o que comi
ontem
quero agora ou pra viagem
um sino
que traga o ouvido atento
de um cachorro ao lado da poltrona
um controle remoto que me leve
a um canal que me faça dormir.
(Bruna Beber)
um sino
que traga o ouvido atento
de um cachorro ao lado da poltrona
um controle remoto que me leve
a um canal que me faça dormir.
(Bruna Beber)
Odeia barulhos de trens, metrôs, ônibus,freios, de fechamentos de portas do metrô, de "jovem cidadão, comparecer a SSO"( me lembrei de um poema do Sergio Mello), daqueles apitos , sinais, mas gosta de guitarras estridentes do mais puro Metal.
Sergio Mello
Fuga
eu tinha um labrador canela chamado Rufus
que adorava passear em tardes chuvosas
desde que ele foi atropelado por um caminhão-cegonha
tenho buscado abrigo em saguões de metrô
sempre que ocorrem pancadas de chuva no fim da tarde
lá eu procuro me manter o mais próximo dos auto-falantes
que não param de anunciar nomes a comparecer à SSO
assim não ouço o som de aplausos no teto
assim não ouço latidos
vindo de um velho celeiro incendiado
Fuga
eu tinha um labrador canela chamado Rufus
que adorava passear em tardes chuvosas
desde que ele foi atropelado por um caminhão-cegonha
tenho buscado abrigo em saguões de metrô
sempre que ocorrem pancadas de chuva no fim da tarde
lá eu procuro me manter o mais próximo dos auto-falantes
que não param de anunciar nomes a comparecer à SSO
assim não ouço o som de aplausos no teto
assim não ouço latidos
vindo de um velho celeiro incendiado
Na estação Paraíso, uma cena bonita: uma mãe e dois filhos. O mais velho estava segurando uma mala. A irmã dele mais nova o abraçava mil vezes, milhões de vezes e chorava, chorava. A mãe também chorava. Eu estava bem distante,mas consegui sacar. Pela mala do garoto, não parecia ir para muito longe, ou me equivoquei, vai saber... mas foi uma cena bonita, rara de ser ver na selvageria do metrô e de São Paulo.
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