Odeio UFC. Não entendo nada e nem quero. Grande coisa, não vou influenciar ninguém que goste a não gostar. Eu deveria ter jogado na loteria, algo que me dizia que era hoje que esse Anderson perderia, nem sei quem era o seu oponente, só sei que ele iria perder. Chupa!
Puta troço chato.
Parece que o melhor foi como ele perdeu.
Se os brasileiros a partir de agora não ganharem mais porcaria nenhuma, será que essa modinha besta ainda vai continuar?
O boxe morreu? Será? O Floyd Mayweather ganhou 100 milhões por dois lutas, o tal de Spider aí ganhou 600 mil.
A nobre arte engole a suja arte.
UM BANDIDO ENTRE NÓS
Moro num prédio de boy... ola. Fico conversando com o porteiro fora do prédio. Ele dentro e um portão separando a gente. Muito esperto, se um bandido aparecer estou bem protegido fora do prédio. Falávamos sobre futebol. Eu estava assim. E percebia que os moradores olhavam assustados pra mim enquanto entravam com seus carros importados. Por que será?!
QUANDO AS MATÉRIAS ERAM INTERESSANTES
Minha vida inteira "assinei" o jornal Folha de S.Paulo. Lembro que o meu velho falava pra eu começar a ler a seção de Esportes e o caderno "Mundo". Acho que ainda não lia o caderno cultural. Isso deve ter sido quando eu tinha uns 11, 12 anos. De lá pra cá, não vivo sem jornal. Pintou um jornalzinho de bairro, da farmácia, eu leio. O ex marido da minha mãe vivia contando uma história de um fulano que se deu bem em uma entrevista de emprego pois a simples pergunta:" quem leu o jornal hoje de manhã?", fez ele conseguir o emprego. Fico com isso na cabeça toda vez que saio de casa sem ler o jornal.
Como a Folha era minha bíblia, ficava de olho grande no Estadão, JT, tendo faniquito por "perder" aquela coluna de esportes, aquela crítica sobre cinema, etc. Tinha e tenho fome de cultura.
Aqui na minha casa é uma disputa pra ver quem vai ler o jornal primeiro que chega a ser cômico. Revistas ,jornais, disputamos no soco.
Esse ano, a minha mãe assinou o Estadão.
E definitivamente ele não é mais aquele jornal que despertava em mim avidez por ler suas páginas.
Fraquíssimo. Cada dia as seções estão num lugar. O caderno de esportes que era o seu ponto forte( ao contrário da Folha), hoje está completamente decadente. Mesmo assim ainda leio o meu colunista favorito, o Antero Greco.
O clássico Caderno 2 então virou um remendo, raramente saem boas matérias.
Espero que não aconteça o que ocorreu com o Jornal do Brasil e o Jornal da Tarde, seria lamentável. Ou eles dão uma chacoalhada na diagramação, implantam uma forma moderna,mudam o papel(tenho a impressão que toda vez sinto falta de ar quando estou lendo) no estilo revolucionário de décadas passadas, quando JT e JB transformaram a imprensa no Brasil, ou vai acabar parando no limbo.
CASA DO ROCK & ROLL
Existe um lugar onde você entra e está rolando T.Rex, ou melhor, Marc Bolan. O rock and roll comia solto, no princípio, eu achei que era MC5, pelo cabelo do vocalista. Não poderia ser o Marc Bolan, e era.
Existe um lugar onde você respira teatro, rock and roll, literatura, quadrinhos e cinema.
Existe um lugar que você sente-se bem por viver uma overdose de cultura. Pode apostar que, quem estiver no recinto vai gostar de ouvir as histórias dos sujeitos mais perdidos e talentosos da mesa do bar.
Existe um lugar onde você sai satisfeito por ver a evolução e maturidade no texto da nova peça do seu dramaturgo favorito, Mário Bortolotto.
Existe um lugar onde você torce para que a peça termine daquele jeito para que você fique recordando.
Existe um lugar onde você fica embevecido pelos cartazes na parede, pelos desenhos do Carcarah, e de outros pintores.
Existe um lugar onde tem uma gangue de motociclistas.
Existe um lugar onde você revê velhos amigos e as piadas continuam as mesmas e ainda engraçadas.
Existe um lugar onde você deseja ansiosamente que, aquela noite não termine nunca mais.
E mesmo assim você sai de lá meio a contragosto por achar que não aproveitou direito, talvez você não tenha o direito de aproveitar.
Existe um lugar chamado Cemitério de Automóveis.
Uma outra visão: O anfitrião do rock and roll, digo, do teatro, diz pra você:" escolhe aí o que você quiser pra colocar no dvd, tem muita coisa boa". Como não gostar de um cara assim?
Cada vez me identifico mais com os seus textos, confesso que os últimos eu não tinha curtido muito. Essa peça "Borraca" é uma evolução em sua obra. Um passo à frente. Um disco de 10 faixas, cru, seco, direto... no fígado. Ele não precisou fazer um álbum conceitual, duplo, triplo, "Sandinista", é uma peça como uma música dos Ramones.
Como ele mesmo diz, e eu incorporei ao meu fraco vocabulário, du caralho!
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