Sunday, July 07, 2013

SEM TÍTULO

Odeio UFC. Não entendo nada e nem quero. Grande coisa, não vou influenciar ninguém que goste a não gostar. Eu deveria ter jogado na loteria, algo que me dizia que era hoje que esse Anderson perderia, nem sei quem era o seu oponente, só sei que ele iria perder. Chupa!

Puta troço chato.

Parece que o melhor foi como ele perdeu.

Se os brasileiros a partir de agora não ganharem mais porcaria nenhuma, será que essa modinha besta ainda vai continuar?

O boxe morreu? Será? O Floyd Mayweather ganhou 100 milhões por dois lutas, o tal de Spider aí ganhou 600 mil.

A nobre arte engole a suja arte.




UM BANDIDO ENTRE NÓS
Moro num prédio de boy... ola. Fico conversando com o porteiro fora do prédio. Ele dentro e um portão separando a gente. Muito esperto, se um bandido aparecer estou bem protegido fora do prédio. Falávamos sobre futebol. Eu estava assim. E percebia que os moradores olhavam assustados pra mim enquanto entravam com seus carros importados. Por que será?!








QUANDO AS MATÉRIAS ERAM INTERESSANTES 

Minha vida inteira "assinei" o jornal Folha de S.Paulo. Lembro que o meu velho falava pra eu começar a ler a seção de Esportes e o caderno "Mundo". Acho que ainda não lia o caderno cultural. Isso deve ter sido quando eu tinha uns 11, 12 anos. De lá pra cá, não vivo sem jornal. Pintou um jornalzinho de bairro, da farmácia, eu leio. O ex marido da minha mãe vivia contando uma história de um fulano que se deu bem em uma entrevista de emprego pois a simples pergunta:" quem leu o jornal hoje de manhã?", fez ele conseguir o emprego. Fico com isso na cabeça toda vez que saio de casa sem ler o jornal.
Como a Folha era minha bíblia, ficava de olho grande no Estadão, JT, tendo faniquito por "perder" aquela coluna de esportes, aquela crítica sobre cinema, etc. Tinha e tenho fome de cultura.
Aqui na minha casa é uma disputa pra ver quem vai ler o jornal primeiro que chega a ser cômico. Revistas ,jornais, disputamos no soco.

Esse ano, a minha mãe assinou o Estadão.
E definitivamente ele não é mais aquele jornal que despertava em mim avidez por ler suas páginas.

Fraquíssimo. Cada dia as seções estão num lugar. O caderno de esportes que era o seu ponto forte( ao contrário da Folha), hoje está completamente decadente. Mesmo assim ainda leio o meu colunista favorito, o Antero Greco.

O clássico Caderno 2 então virou um remendo, raramente saem boas matérias.

Espero que não aconteça o que ocorreu com o Jornal do Brasil e o Jornal da Tarde, seria lamentável. Ou eles dão uma chacoalhada na diagramação, implantam uma forma moderna,mudam o papel(tenho a impressão que toda vez sinto falta de ar quando estou lendo) no estilo revolucionário de décadas passadas, quando JT e JB transformaram a imprensa no Brasil, ou vai acabar parando no limbo.





CASA DO ROCK & ROLL

Existe um lugar onde você entra e está rolando T.Rex, ou melhor, Marc Bolan. O rock and roll comia solto, no princípio, eu achei que era MC5, pelo cabelo do vocalista. Não poderia ser o Marc Bolan, e era.

Existe um lugar onde você respira teatro, rock and roll, literatura, quadrinhos e cinema. 

Existe um lugar que você sente-se bem por viver uma overdose de cultura. Pode apostar que, quem estiver no recinto vai gostar de ouvir as histórias dos sujeitos mais perdidos e talentosos da mesa do bar.

Existe um lugar onde você sai satisfeito por ver a evolução e maturidade no texto da nova peça do seu dramaturgo favorito, Mário Bortolotto.

Existe um lugar onde você torce para que a peça termine daquele jeito para que você fique recordando.

Existe um lugar onde você fica embevecido pelos cartazes na parede, pelos desenhos do Carcarah, e de outros pintores.

Existe um lugar onde tem uma gangue de motociclistas. 

Existe um lugar onde você revê velhos amigos e as piadas continuam as mesmas e ainda engraçadas.

Existe um lugar onde você deseja ansiosamente que, aquela noite não termine nunca mais.

E mesmo assim você sai de lá meio a contragosto por achar que não aproveitou direito, talvez você não tenha o direito de aproveitar.

Existe um lugar chamado Cemitério de Automóveis.









Uma outra visão: O anfitrião do rock and roll, digo, do teatro, diz pra você:" escolhe aí o que você quiser pra colocar no dvd, tem muita coisa boa". Como não gostar de um cara assim? 

Cada vez me identifico mais com os seus textos, confesso que os ú
ltimos eu não tinha curtido muito. Essa peça "Borraca" é uma evolução em sua obra. Um passo à frente. Um disco de 10 faixas, cru, seco, direto... no fígado. Ele não precisou fazer um álbum conceitual, duplo, triplo, "Sandinista", é uma peça como uma música dos Ramones.

Como ele mesmo diz, e eu incorporei ao meu fraco vocabulário, du caralho!




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