Guia do Randas da Copa For Dummies - Última parte
Argentina:
Deixei a Argentina por último. Porque a Argentina é a paixão que eu demorei pra assumir… vítima da “normose”, com um injustificado medo de que me achassem um doido varrido, tentava sufocar essa coisa de “torcer pra Argentina”, mas como já cumpri uns prazos e no decorrer deles outras coisas deram a entender que sou doido varrido por outros motivos, aproveito a confusão e torço pra Argentina. Ao contrário do que pensam, não existe um motivo político, de protesto, de descontentamento, nem nada do tipo. Eu só gosto da Argentina futebolisticamente. E não vejo motivo pra levar o Princípio da Territorialidade para a seara futebolística, pois se assim fosse, eu deveria torcer pro América de Rio Preto. Nasci no Brasil, mas torço pra Argentina, não vejo o menor problema nisso.
Quando começou? Acho que em 78, a primeira lembrança que tenho, meio embaçada, de Copa do Mundo. Aqueles cabeludões contra os laranjas, mangas compridas, papel picado em campo, Luciano do Valle narrando “Resenbrink abrindo, Renée Kerkhoff em condição de jogo” e Tarantini de joelhos ao final da partida. Lembro dessas imagens na sala da casa da 139, mas não deve ser por isso. Deve ter a ver com Maradona, Lionel Messi, Redondo, Riquelme, Fillol e Ardilles… talvez tenha a ver com a Copa América de 89, quando um dos convocados “pra ganhar experiência” tinha só dois anos a mais que eu, era um menino de 18 anos cheio de espinhas no rosto que assistia aos jogos comigo, falava bobagem, perguntava sobre a fama de Goiânia ter mulher bonita e dizia que ainda ia disputar uma Copa do Mundo. Acho que veio dessa convivência com o Diego Simenone, que antes de subir no ônibus pra ir embora pro Rio jogar a segunda fase me deu uma segunda camisa, azul, da Le Coq, um abraço e um beijo no rosto, como se nós fôssemos amigos nos despedindo.
Pode ser que esses comerciais da Quilmes, essa paixão que eles tem, essa relação adequada com o futebol, a garra, o estilo portenho, a presença obrigatória de um 10 que saiba jogar bola e de um 5 que segure as pontas, técnicos fumantes, cabeludos, cânticos viscerais, injustiças homéricas, tudo isso fala muito mais à minha alma que a ousadia & alegria com samba no pé do rapaz que usa cabelo de idiota. Talvez seja mera identificação. E se você disser “se gosta tanto assim, muda pra lá”, vou te nomear Prefeito do Vilarejo da Babaquice, siga o baile ao toque do tamborim, como na música que cantam pra nós e bamo bamo, Arrentina, a ganar, que esse brasileiro quilombêro haverá de te alentar, apesar dos pesares e possíveis incidentes diplomáticos!
O que esperar da Argentina nessa Copa? Pelear à muerte!
Decidi: James Gandolfini é o maior ator de todos os tempos.
Assisti esse filme despretensioso sobre duas garotas que são matadoras de aluguel. Elas conhecem o personagem de Gandolfini. E a partir daí, o ator já tomou para si o filme, e você só se lembra de suas expressões faciais.
Um gigante!
Viagem sem Volta
Muito mais assustador do que vários filmes de terror. A loucura é pior. Tenebroso. Cabuloso.
Mais uma da minha progenitora:
"Parabéns,filho, 33 anos!! A idade de Cristo!".
"Mãe, são 32".
No emprego novo só tem serial killer. De madrugada, sabe como é...
"Qual o seu nome?"
"Lúcio"
Passou um tempo, ele me solta essa:
"Não, meu nome é Raphael".
Aniversário com o pessoal do meu trampo. Valeu,pessoal! A caneca eu ganhei da Celeste Santana
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