Friday, November 06, 2015

LIFÉRIKA!


Power trio. Nada mais clássico do que uma banda de rock and roll com três integrantes.

Power trio. Guitarra, baixo e bateria.

Power trio. Eles vieram do Taboão, e fazem um rock and roll poderoso.

Power trio. Estão lançando o seu primeiro álbum, que leva o mesmo nome da banda, Liférika.

Power trio. Diego Alves, um guitarrista de primeira, você percebe quando o cara é bom, assim que ele liga o seu instrumento, o som que sai da sua guitarra é de cair o queixo. Nos shows, o cara canta com raiva, as veias aparecendo, da estirpe de Bruce Springsteen, Brian Fallon e Joe Strummer.

Power trio. Adriano Nascimento é um discípulo dos grandes baixistas de punk. Seu instrumento e seus backing vocals são da escola de Matt Freeman do Rancid. Estão em ótima companhia, não é mesmo?

Power trio. Caul SP-batera, é ligado nas bandas mais hardcore, mas nem por isso deixa de ter um ótimo entrosamento com os outros dois integrantes da banda. Sua marcação nas músicas é certeira, lembrando os bons tempos dos Ramones.

Vamos dissecar faixa a faixa do disco:

Em Sã Consciência: Você já deve ter passado por isso, ou conhecido alguém que teve um relacionamento completamente maluco. Onde a saída mais próxima é o manicômio. Uma grande faixa de abertura de um álbum, o grito de "uhuuu" permanece na sua mente, e o refrão também. Procure o videoclipe, é uma obra-prima underground.

Brincando com a Sorte: Uma história de amor em formato rock and roll, cuidado com as feministas! É melhor terminar um relacionamento antes que seja tarde demais...

Ao Velho Mundo: Às vezes parece que nos relacionamos com atores/atrizes que desempenham vários papéis durante o ano, e nunca sabemos qual é o verdadeiro. "Ao Velho Mundo, bye bye", uma frase que faz sentido se você quer pegar o trem mais rápido possível e ir sem nunca mais voltar.

Meu Amigo:  Os  amigos. Alguns ficam pelo caminho. Alguns desistem de seus sonhos, alguns dão muita mancada. Seguir uma vida comum ou embarcar na estrada do rock & roll? São poucos que resolvem encarar a vida olhando na cara do furacão e solando sem parar...

Cilada: A canção mais marcante, pelo menos pra mim, um refrão matador,  quando você menos esperar, estará gritando:" não adianta me provocar, nessa cilada eu não caio mais..."

Memórias: Uma canção no estilo Johnny Cash, uma das influências da banda, infeliz do homem que não guarda dentro do seu coração algumas memórias que o transformaram ao longo da vida.

Agatha: Conversando com o Adriano, eu achava que essa música se referia à uma garota de programa, prestem atenção na letra:" toda noite uma emoção diferente, sempre um enredo diferente que leva ao mesmo final". Eles me falaram que não se trata de uma prostituta, e sim de um caso de algum dos integrantes da banda. Muito bom.

Alucinações: Dentro de um quarto de hotel está uma mulher e um homem. Quantas histórias existem entre os dois? Quantos fantasmas? Quantas decepções? Será que existe um final feliz?

Ao seu Lado: Casais machucam um ao outro diariamente, às vezes um relacionamento conturbado pode durar 5, 10 anos, e vocês aí na mesma, se agredindo, se ferindo, tudo isso em nome do amor?

Rua Augusta: A rua mais rock and roll de São Paulo, serve de história para uma das canções mais legais do Liférika. Quem já viveu, andou por lá, sabe que em questão de segundos, tudo pode acontecer: você pode conhecer a mulher da sua vida, você pode ter uma noite de farras, ou você pode curtir só um rock and roll e sair feliz da vida na madrugada.

Cigarros e Bebidas: Em um mundo cada vez mais careta, a banda prega a diversão. Curta a vida, ela é curta. Não se arrependa de nada , pode ser tarde. Erre, acerte, mas faça de verdade.

Chuck Berry's Blues: Pra quem ama rock 'n' roll dos anos 50, escutar uma excelente música onde o excelente vocalista berra Chuck Berry, não existe nada melhor que isso. Fecharam com chave de ouro o disco.


Obrigado, Liférika, o som de vocês nos faz ter fé no rock and roll.

Nos vemos no próximo show...



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