Wednesday, May 09, 2018

Ainda sobre Daytona

ONDE TUDO COMEÇA

Eu era fanático por videogames. Talvez tenha sido a minha grande primeira paixão. Só pensava e falava nisso. Eu e meu amigo Juliano vivíamos pra jogar. Eu comprava todas as revistas da época. Ação Games, Super-Games, Turbo-Games, algo assim, depois elas se fundiram, e virou Super-AçãoTurbo-Games, alguma coisa parecida.

Lembro num natal, eu e meu amigo sonhando com a compra do Super-Nintendo. Nós fazíamos planos de economizar a nossa mesada. Talvez tenha sido a primeira vez e única que pensei em economizar algum dinheiro. Sonhávamos em jogar o Street Fighter. "Caramba, imagina, jogar todo dia o Street Fighter, e não só no fliperama!".


Éramos ávidos por isso. Parecia ser um sonho muito distante. Bem antes disso, meu programa predileto era quando meu pai me levava no Fliper. É claro que eu devo ter jogado o Daytona. Mas nunca gostei muito de jogos de corrida, mas me lembro de um no Mega Driver, que eu curtia. Talvez era o jogo do Nigel Mansell, e um outro. Pois bem, meu amigo Juliano era fanático por corridas, hoje em dia ele virou um grande piloto de test drive de carraços, não sei o nome da profissão direito, só sei que o cara trabalha com a sua grande paixão da vida, sua primeira palavra quando aprendeu a falar, foi carro.

Eu, quando surgiu o Palmeiras, o rock, na minha vida, meio que abandonei os games.

Anos se passaram, e eu voltei a jogar muito no PC, um jogo de vôlei, e depois o Playstation com o Guitar Hero e Rock Band. Mas aquela paixão sumiu como o garoto que desiste da mulher de seus sonhos.

No ano retrasado, eu comprei um videogame dos meus amigos que trabalhavam comigo na galeria na 7 de abril, eles tinham uma loja de videogame, e eu tinha uma loja de bolos, doces, café e salgados. Todo dia eu ficava vendo aqueles jogos, e resolvi comprar um Super-Nintendo. Na verdade, é só a carcaça do Super-Ness, mas dentro tem 8 mil jogos de Mega, Master, Atari, Super, tem tudo.

Joguei algumas vezes, mas não muito. Até tentei dar de presente para uma pessoa, mas assim como o personagem da peça "Daytona", a gente só faz merda, mesmo às vezes não querendo.

Às vezes é um jogo de vida e morte, uma questão de vida e morte, às vezes é só uma paranoia de nossas cabeças.

Somos exagerados. Por quem gostamos, fazemos o impossível, às vezes só o que fica é o sangue, o sorriso besta na cara, e aquela vontade de dizer que é só mais um game idiota que fizeram a gente gostar pra não enfiar a cara na parede.

Tente assoprar a fita da sua vida.

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