Monday, August 19, 2013

Hollister, essa marca tá em tudo quanto é lugar. Um belo dia, pude escolher um casaco, era presente. Fui lá e peguei um. Depois de um tempo percebi que o casaco que eu havia comprado era dessa marca. Mas me deu uma vergonha ficar usando que vocês não tem ideia. Ainda bem que dia desses quebrou o zíper, e não preciso mais estar na moda. Tá na moda? Eu tô fora. Mas os jovens acham que estão abalando. Coitados.


Nunca senti tanta raiva vendo um trailer como desse filme "Flores Raras". Glória Pires falando ingreis? Prefiro ver o filme do Pelé.



PÉ FRIO AQUI NÃO!

Acho que fazia três anos que eu não ia ao estádio ver o Palmeiras. Creio que o último jogo foi aquele Palmeiras X Boca(2010), despedida do estádio Palestra Itália.

Nos últimos anos tentei ir uma pá de vezes, nunca dava certo. Ou a falta de grana ou o temor de sair chateado do estádio, me fizeram assistir os jogos em casa. No futebol, você vai da decepção à euforia em questão de segundos. E vice-versa. Futebol não é cinema, não é show de rock, você nunca sabe o que irá acontecer, se vai sair desapontado ou se sentindo o mais feliz dos homens.

Ontem, após alguns anos, resolvi ir. Eu não tinha o ingresso. Tinha que comprar na hora. Fui voando. No metrô Consolação, havia vários torcedores do Paysandu. Com palmeirenses ao seu lado. Achei bacana.

Liguei para o meu amigo Waldisney Araujo Nascimento. Ele me disse que a arquibancada amarela e laranja já tinha esgotado. Só me restava ir de Tobogã. Acho que a única vez que fui no Tobogã, eu deveria ter uns dois,3 anos, foi o primeiro jogo que o meu pai me levou, se não foi o primeiro, deve ter sido um dos.

Estava descendo ali para o estádio, e o ônibus do verdão estava "me acompanhando", entrei praticamente com o time, isso era um bom presságio.

Entrei na fila para comprar o ingresso. Um cambista se aproxima e faz um preço justo, o mesmo preço do ingresso normal, e detalhe era para o setor que eu almejava. Olho no verso do ingresso e está escrito:"meia-entrada", pensei que tinha dançado, se me pedirem a carteirinha de estudante, já era, isso se o ingresso não for falsificado. Mas, como já sou macaco velho(mesmo alguns anos afastado) em jogos(comprei milhões de vezes de cambistas, tem umas técnicas, depois eu explico), percebi que mesmo fazendo essa cagada-estou alimentando essa raça- não iria dar chabu, isso estou falando agora no conforto do lar, na hora, eu gelei. Fui revistado, e a moça tentou passar o bilhete, na primeira, não foi, e na segunda, a catraca foi liberada, ah, que maravilha!

Pacaembu, velho de guerra. Confesso que a minha memória anda um pouco curta, depois de estar dentro do Paulo Machado de Carvalho,me veio na mente, que talvez eu tenha estado em um jogo depois daquele contra o Boca no Palestra... no entanto, não lembrei.

Me dirigi à Mancha, e a cantoria não começava. Até estranhei. Quando começou, pude reviver os velhos tempos que eu não perdia um só joguinho. E sabia todas as músicas.

Nas primeiras músicas eu já estava rouco. E fascinado por aquele sentimento que estava adormecido,e eu não esqueci como é bom poder cantar com a massa. Comprei um refri, 5 conto, absurdo! E foi enchendo, enchendo, aquela área central, onde as torcidas organizadas ficam.

O Paysandu abre dois a zero. "Como eu sou pé frio!". Três anos sem assistir um jogo in loco, e o Palmeiras vai perder justo agora. Fiquei com medo que uma goleada aparecesse, para eu me sentir ainda mais culpado. Das goleadas inesquecíveis que já presenciei ao vivo: 6 a 2 para o Fluminense e 7 a 2 para o Vitória. Mas já vi títulos e grandes jogos: Palmeiras campeão contra o Vitória, Campeão Brasileiro de 1993, Campeão da Copa do Brasil em 1998, campeão da Copa Mercosul 1998, entre outros jogos que entraram para a história.

Como esse, disputado entre Palmeiras X Paysandu, ontem dia 17/8/13.

Quem já foi ao estádio pela menos uma vez na vida, sabe que a comunhão que é formada é digna dos melhores contos de Nelson Rodrigues. Você nunca viu o cara na vida, e provavelmente nunca mais irá ver, porém, você ali durante 90 minutos, abraça, chora, grita, conversa com uma pessoa como se ela fosse da sua famiglia. Mas é isso mesmo que nós somos.

Um frio da poxa(como diria o pintor que trabalha aqui em casa), e um camarada do meu lado sem camisa, esse e mais um maluquinho que no final do jogo ao me abraçar disse:"desculpa qualquer coisa", foram os grandes comparsas da noite. Um outro que puxava um banza, também ficará na minha retina, grandes palestrinos que ao cantarem o hino, caem no chão, e milhares vão levantar o cara.

Eu nunca comemorei tanto um gol como o segundo, o de empate, e o terceiro da virada, parecia o título da Libertadores, a defesa do Marcão contra os gambás, o gol do Alex contra os bambis, o gol do Evair... o gol do Animal...

Uma: eu não queria deixar de frequentar o estádio mais uma vez; sim, era isso que iria acontecer se o Palmeiras tivesse perdido, eu iria ter a plena certeza que o culpado seria eu pela derrota em casa por um time que está para cair para a série C!

Como é bom comemorar com gosto um gol, abraçar os companheiros, uma garota que eu não tinha trocado um A, vem e me dá um abraço emocionada. Você sai pulando, nem sabe mais o que está fazendo, só quer berrar: Palmeiras!!

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